Assistência Tecnica

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Windows: XP, Seven
Linux: Ubuntu, Big Linux, Kurumin"


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Meu blog é voltado a dghjghhjhjarghhfgjhfghfgh dicas sobre o Ubuntu, e outros assuntos de informática.Obs. Todas as dicas postadas foram testahjhj

domingo, 26 de setembro de 2010

A história do GNU/Linux

O sistema Linux tem sua origem no Unix, um sistema operacional multitarefa e multiusuário que tem a vantagem de rodar em uma grande variedade de computadores.

O Linux surgiu de forma muito interessante. Tudo começou em 1991, quando um programador finlandês de 21 anos, Linus Benedict Torvalds, enviou a seguinte mensagem para uma lista de discussão na Internet: "Olá para todos que estão usando Minix. Estou fazendo um sistema operacional free (como passatempo) para 386, 486, AT e clones". Minix era um limitado sistema operacional baseado em Unix que rodava em microcomputadores maquiavélicos como o AT. Linus pretendia desenvolver uma versão melhorada do Minix e mal sabia que seu suposto "passatempo" acabaria num sistema engenhosamente magnífico. Muitos acadêmicos conceituados ficaram interessados na idéia do Linus e, a partir daí, programadores das mais variadas partes do mundo passaram a trabalhar em prol desse projeto. Cada melhoria desenvolvida por um programador era distribuída pela Internet e, imediatamente, integrada ao núcleo do Linux.

No decorrer dos anos, este trabalho árduo e voluntário de centenas de sonhadores tornou-se num sistema operacional bem amadurecido e que hoje está explodindo no mercado de servidores corporativos e PCs. Linus, que hoje coordena uma equipe de desenvolvedores do núcleo de seu sistema, foi eleito em pesquisa pública a personalidade do ano de 1998 do mundo da informática.

GNU/Linux e sua interface gráfica

O sistema X-Window (sim! sem o "s"), também chamado de X, fornece o ambiente gráfico do Linux. Diferentemente do Macintosh e Windows, o X torna o gerenciador de janelas (a interface visual em si) um processo separado. Na verdade, a vantagem de separar o gerenciador de janelas é que você pode escolher entre uma variedade de gerenciadores existentes para Linux o que melhor lhe convém, tais como Gnome, KDE, XFCE dentre outros.

Distribuições GNU/Linux

O Linux possui vários sabores e estes são denominados distribuições. Uma distribuição Linux nada mais é que um kernel acrescido de programas escolhidos a dedo pela equipe que a desenvolve. Cada distribuição Linux possui suas particularidades, tais como forma de se instalar um pacote (ou software), interface de instalação do sistema operacional em si, interface gráfica, suporte a hardware. Então resta ao usuário definir que distribuição Linux atende melhor suas necessidades.

GNU/Linux x Windows

A diferença mais marcante entre Linux e Windows é o fato do Linux ser um sistema de código aberto, desenvolvido por programadores voluntários espalhados por toda internet e distribuído sob a licença pública GPL. Enquanto que o Windows é software proprietário, não possui código-fonte disponível e você ainda precisa comprar uma licença pra ter o direito de usá-lo.

Você não precisa pagar nada para usar o Linux! Não é crime fazer cópias para instalar Linux em outros computadores. A vantagem de um sistema de código aberto é que ele se torna flexível às necessidades do usuário, tornando assim suas adaptações e "correções" muito mais rápidas. Lembre-se que ao nosso favor, temos milhares de programadores espalhados pelo mundo pensando apenas em fazer do Linux um sistema cada vez melhor.

O código-fonte aberto do Linux permite que qualquer pessoa veja como o sistema funciona, corrija algum problema ou faça alguma sugestão sobre sua melhoria, esse é um dos motivos de seu rápido crescimento, assim como da compatibilidade com novos hardwares, sem falar de sua alta performance e de sua estabilidade.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Grub

O lilo foi um dos primeiros gerenciadores de boot usados no Linux. Ele foi o mais usado durante muito tempo, mas tem sido gradualmente substituído pelo grub, que oferece mais recursos. O Kurumin foi uma das últimas distribuições a adotar o grub, mantendo o lilo como gerenciador padrão até o 6.1. Atualmente (entre as grandes distribuições), apenas o Slackware ainda utiliza o lilo, mas ele não é parâmetro de comparação, pois ainda utiliza o Kernel 2.4 e o hotplug.

O principal motivo é que o lilo utiliza uma configuração mais simples e muito mais simples de entender. Apesar disso, o grub também faz bem seu trabalho e permite que o sistema utilize agora um sistema muito mais robusto de detecção de outros sistemas instalados. Embora seja mais "enjoado", o grub não é tão complicado como pode parecer à primeira vista. Vamos aproveitar a deixa para aprender um pouco mais sobre ele.

O grub usa o arquivo de configuração "/boot/grub/menu.lst". Este arquivo é lido a cada boot, por isso não é necessário reinstalar o grub ao fazer alterações, como no caso do lilo.

Este é um exemplo de arquivo de configuração, gerado pelo instalador do Kurumin:

default 0
timeout 9
color cyan/blue white/blue
gfxmenu (hd0,2)/boot/message

title Kurumin Linux
root (hd0,2)
kernel /boot/vmlinuz-2.6.18.1-slh-up-2 ro nomce quiet apm=power-off vga=791
initrd /boot/initrd.img-2.6.18.1-slh-up-2

title Microsoft Windows XP Professional (hda1)
root (hd0,0)
makeactive
chainloader +1

title Debian GNU/Linux (testing/unstable) (hda5)
root (hd0,4)
kernel /boot/vmlinuz-2.6.18 ro quiet vga=791
initrd /boot/initrd.img-2.6.18

title memtest86
root (hd0,2)s
kernel /boot/memtest86.bin

Note que neste exemplo de configuração, temos (além do Kurumin), uma instalação do Windows e uma instalação do Debian, ambas detectadas pelo instalador e adicionadas no arquivo. Foi adicionada também uma entrada para o memtest, que permite checar a memória RAM do micro.

Com a configuração desta forma, você pode escolher entre Kurumin, Windows, Debian e memtest no boot.

O Kurumin é o default, por causa da opção "default 0" no início do arquivo. Do ponto de vista do grub, o Kurumin é o sistema "0", o Windows é o sistema "1", o Debian é o "2" e o memtest é o "3". Note que ele conta os sistemas incluídos na lista a partir do zero.

Se você quisesse que o Windows passasse a ser o sistema default, bastaria trocar "default 0" por "default 1". O mesmo vale para os outros sistemas operacionais instalados.

A linha "timeout 9" é um pouco mais cosmética. Ela diz que se você não pressionar nenhuma tecla na tela de boot, o sistema default será iniciado depois de 9 segundos. Você pode aumentar ou diminuir o tempo a seu gosto.

A linha "color cyan/blue white/blue" também é cosmética. Ela apenas indica as cores do texto e do fundo na tela de boot. Veja que as cores são definidas duas vezes. Da primeira você diz as cores que são usadas quando é exibida a mensagem de boot e na segunda as cores que serão usadas em micros onde não seja possível exibir a imagem de fundo.

Completando, temos a linha "gfxmenu (hd0,2)/boot/message", que indica a imagem de fundo que será exibida. No caso do Kurumin é usado um arquivo de tema (o /boot/message), que é composto por diversos arquivos dentro da imagem de fundo. Se você quiser personalizar a imagem de fundo, precisa descompactar este arquivo, trocar a imagem e depois fechá-lo novamente.

Isso é relativamente simples de fazer. Crie uma pasta vazia e copie o arquivo para dentro dela. Use o comando "cpio -i <>" para extrair o arquivo, substitua o arquivo "back.jpg" por outra imagem em jpg (800x600, com até 44 KB), delete o arquivo "message" original e gere o novo usando o comando "ls . | cpio -o > message" para gerar o novo. A partir daí, é só substituir o arquivo "/boot/grub/message" pela versão editada, gerada dentro da pasta.

O Kurumin usa o egrub, por isso você pode usar imagens em jpg sem limitação de cores. Outras distribuições podem utilizar a versão "regular" do grub, onde você fica limitado a imagens de 640x480 com 14 cores.

O "(hd0,2)" dentro da opção diz a partição onde o Kurumin está instalado, onde ele vai procurar o arquivo. Como pode ver, o grub usa uma nomenclatura própria para designar as partições do HD, o que acaba sendo o aspecto da configuração mais difícil de entender.

No Linux os HDs e partições são acessados através de dispositivos especiais, localizados dentro do diretório "/dev". Um HD IDE instalado como master na primeira porta IDE, é visto pelo sistema como "/dev/hda" e a primeira partição dentro dele é vista como "/dev/hda1". Se você usasse um HD serial ATA, então ele seria visto como "/dev/sda" e a primeira partição como "/dev/sda1".

Se você está me acompanhando até aqui, sente e respire fundo, pois nada disso vale para o grub. Para "simplificar", os desenvolvedores decidiram adotar uma nomenclatura própria, onde os HDs e partições são nomeados a partir do zero.

Ou seja, o "/dev/hda1" é referenciado na configuração do grub como "(hd0,0)" (primeiro HD, primeira partição). O "(hd0,2)" do exemplo seria referente à terceira partição do primeiro HD, ou seja, faria referência ao "/dev/hda3".

Em resumo, na nomenclatura adotada pelo grub temos:

/dev/hda = 0
/dev/hdb = 1
/dev/hdc = 2
/dev/hdd = 3

As partições dentro de cada HD são também nomeadas a partir do zero:

/dev/hda1 = 0,0
/dev/hda2 = 0,1
/dev/hda3 = 0,2
/dev/hda4 = 0,3
/dev/hda5 = 0,4
/dev/hda6 = 0,5
etc...

E com relação aos HDs SATA? Como vimos, eles são nomeados de forma diferente, do "/dev/sda" ao "/dev/sdz". Mas, para o grub esta distinção não existe. O "/dev/sda1" continua sendo "(hd0,0)" dentro do grub.

O que acontece então se você tiver um HD IDE e outro SATA na mesma máquina? Bem, aí depende de como eles estiverem configurados dentro do setup. O HD "primário", ou seja, o que o BIOS acessa primeiro na hora de carregar o sistema, será visto como "(hd0)", independentemente de ser SATA ou IDE, enquanto o outro será visto como "(hd1)".

Uma forma de confirmar isso é checar o conteúdo do arquivo "/boot/grub/device.map" (com o sistema já instalado). Ele contém uma lista dos HDs detectados pelo grub, e o endereço atribuído a cada um.

Agora que entendemos como o grub nomeia os HDs e partições, podemos ir ao que interessa, ou seja, entender como funcionam as múltiplas seções do grub, que permitem carregar cada sistema operacional.

No meu exemplo, o HD está configurado da seguinte forma:

/dev/hda1: Windows
/dev/hda2: arquivos
/dev/hda3: Kurumin
/dev/hda5: Debian
/dev/hda6: arquivos
/dev/hda7: swap

Esta configuração vem bem a calhar, pois permite explicar os três casos mais comuns, ou seja, a seção referente ao Kurumin, referente ao Windows e referente a outras distribuições Linux.

Vamos começar com a seção do Kurumin:

title Kurumin Linux
root (hd0,2)
kernel /boot/vmlinuz-2.6.18.1-slh-up-2 ro nomce quiet apm=power-off vga=791
initrd /boot/initrd.img-2.6.18.1-slh-up-2

A linha "title" contém apenas o nome do sistema, da forma como ele irá aparecer na tela de boot. Não é preciso que o nome indique corretamente o sistema, você pode usar apelidos, o importante é apenas que um sistema receba um apelido diferente do outro.

A linha "root" logo a seguir, indica a partição (no formato do grub) onde o sistema está instalado. Como o Kurumin neste caso está instalado na terceira partição do HD, usamos "(hd0,2)".

A terceira linha, "kernel", indica o arquivo com o kernel, que será carregado no início do boot. O Kernel vai sempre dentro da pasta "/boot" e o arquivo sempre se chama "vmlinuz", seguido da versão, como "vmlinuz-2.6.18.1-slh-up-2". Além de indicar a localização do arquivo, você pode incluir opções que serão passadas para ele no início do boot.

Lembra-se das opções de boot, que usamos para solucionar problemas no Kurumin? Muitas delas são justamente opções que são repassadas para o kernel e podem ser usadas aqui, como o "acpi=off", "irqpoll", "noapic", "all-generic-ide" e assim por diante.

As opções usadas aqui são adicionadas automaticamente pelo instalador, de forma que você não precisa se preocupar muito com elas. O "vga=791" indica a resolução de vídeo que será usada no terminal. O número "791" indica 1024x768, "788" indica 800x600 e se você substituir o número pela palavra "normal", o terminal passa a usar a resolução de texto padrão, como nos monitores CGA ;). Usando "vga=normal" o bootsplash exibido durante o carregamento do sistema também deixa de funcionar.

Finalmente, temos a linha "initrd", que é opcional, permitindo indicar a localização de um arquivo initrd, que será carregado junto com o Kernel. O initrd nem sempre é usado. Quando necessário, ele é gerado durante a instalação, incluindo módulos de que o sistema precisará no início do boot. Se ele não estiver dentro da pasta "/boot" junto com o Kernel, não precisa se preocupar, pois ele não está sendo usado.

Em seguida temos a seção referente ao Windows:

title Microsoft Windows XP Professional (hda1)
root (hd0,0)
makeactive
chainloader +1

O Windows é um caso especial, pois ele não é carregado diretamente pelo grub. Ao invés disso ele é carregado num modo chamado de "chainload". O grub simplesmente carrega o gerenciador de boot do Windows (que é instalado dentro da partição) e deixa que ele se encarregue de carregar o sistema.

Isto simplifica as coisas, pois você precisa apenas indicar um nome ou apelido na linha "title" e indicar a partição onde ele está instalado na linha "root". No nosso exemplo, o Windows está instalado na primeira partição do HD, por isso o "(hd0,0)".

Concluindo, temos a seção referente ao Debian, que pode ser usada (com as devidas modificações) também para outras distribuições Linux instaladas no HD:

title Debian GNU/Linux (testing/unstable)
root (hd0,4)
kernel /boot/vmlinuz-2.6.18 ro quiet vga=791
initrd /boot/initrd.img-2.6.18

Esta seção é muito similar à seção do Kurumin, que vimos a pouco. O Debian neste caso está instalado na partição /dev/hda5, que no grub é vista como "(hd0,4)". O importante é indicar corretamente o arquivo com o Kernel, dentro da partição e o initrd (caso exista).

Você poderia duplicar estas quatro linhas para incluir outras distribuições. Basta alterar a partição dentro da linha "root" e indicar corretamente o arquivo do Kernel e o initrd que serão usados.

Embora seja um tema um pouco chato de estudar, é importante conhecer pelo menos o básico sobre a configuração do grub, pois ele é usado atualmente em praticamente todas as distribuições, de forma que é um conhecimento que você vai acabar usando bastante.

Continuando, a configuração feita no arquivo "/boot/grub/menu.lst" é lido pelo grub a cada boot, por isso você não precisa se preocupar em regravar o grub a cada alteração no arquivo, como no caso do lilo. Em geral, você só precisa regravar o grub em caso de acidentes, como quando ele é subscrito acidentalmente, ao reinstalar o Windows ou instalar outra distribuição no mesmo HD.

No caso das distribuições, Linux, quase sempre você tem a opção de instalar gravando o gerenciador de boot na partição, o que permite reinstalar sem subscrever o grub "titular". Aqui, por exemplo, temos um screenshot do instalador do Ubuntu:


O problema é o Windows, já que ele chaga "chutando o balde", gravando seu gerenciador de boot na MBR sem nem te consultar.

Isto acaba se revelando um grande problema, já que você perde o acesso ao Kurumin e a qualquer outra distribuição Linux instalada no HD sempre que precisar reinstalar o Windows.

Nestes casos, você pode regravar o grub dando boot com o CD do Kurumin 7.

Dê boot pelo CD e abra um terminal. Defina a senha de root usando o comando "sudo passwd" e logue-se como root usando o "su". A partir daí, use o comando "grub" para entrar no prompt do grub, onde usaremos os comandos para regravar o gerenciador de boot:

# grub

Dentro do prompt, precisamos rodar dois comandos, especificando a partição onde o Kurumin (ou a distribuição "dona" do grub) está instalado e o dispositivo onde o grub será instalado.

Comece rodando o comando "root", que especifica a partição de instalação do sistema. No exemplo, o Kurumin está instalado no "(hd0,2)", de forma que o comando fica:

root (hd0,2)

Falta agora o comando "setup", que especifica aonde o grub será gravado. Neste caso, estou gravando o grub na MBR do primeiro HD:

setup (hd0)

Terminando, você pode sair o prompt do grub usando o "quit" e reiniciar o micro. Este é um exemplo de operação que é mais simples no grub. No lilo, era necessário montar a partição e abrir um chroot para conseguir regravar o gerenciador :).

Mais um problema comum acontece quando você precisa configurar o grub numa máquina com vários HDs. Nestes casos, além de verificar como o grub detectou cada um, você precisa se preocupar em gravar o grub no MBR do HD correto.

O problema é muito simples. Quando você possui mais de um HD na máquina, você configura uma ordem de boot no Setup do micro. O HD que estiver em primeiro na ordem de boot do setup, será usado para inicializar a máquina e, consequentemente será reconhecido pelo grub como "(hd0)".

Se você instalar o Kurumin no segundo HD, e o grub for instalado na MBR do segundo HD, o kurumin não vai inicializar depois de instalado, pois o BIOS do micro continuará lendo o MBR do primeiro HD.

A solução no caso é bem simples. Mesmo que você instale o Kurumin, ou qualquer outra distribuição no segundo HD, tome sempre o cuidado de gravar o grub no MBR do primeiro HD. Se você está instalando o Ubuntu (por exemplo), na partição /dev/hdb1 (a primeira partição do segundo HD) o "root", ou seja, o dispositivo aonde o sistema está sendo instalado será "(hd1,0)", mas na hora de gravar o grub, você indicaria o "(hd0)", que é o primeiro HD.

Ao fazer isso manualmente pelo prompt do grub, você usaria os comandos:

# grub
root (hd1,0)
setup (hd0)
quit

Note que isto é necessário apenas ao regravar o grub manualmente, ou ao instalar outras distribuições. No caso do Kurumin, o instalador se antecipa ao problema, perguntando se você deseja gravar o grub no MBR do primeiro HD:

O problema é o Windows, já que ele chaga "chutando o balde", gravando seu gerenciador de boot na MBR sem nem te consultar.

Isto acaba se revelando um grande problema, já que você perde o acesso ao Kurumin e a qualquer outra distribuição Linux instalada no HD sempre que precisar reinstalar o Windows.

Nestes casos, você pode regravar o grub dando boot com o CD do Kurumin 7.

Dê boot pelo CD e abra um terminal. Defina a senha de root usando o comando "sudo passwd" e logue-se como root usando o "su". A partir daí, use o comando "grub" para entrar no prompt do grub, onde usaremos os comandos para regravar o gerenciador de boot:

# grub

Dentro do prompt, precisamos rodar dois comandos, especificando a partição onde o Kurumin (ou a distribuição "dona" do grub) está instalado e o dispositivo onde o grub será instalado.

Comece rodando o comando "root", que especifica a partição de instalação do sistema. No exemplo, o Kurumin está instalado no "(hd0,2)", de forma que o comando fica:

root (hd0,2)

Falta agora o comando "setup", que especifica aonde o grub será gravado. Neste caso, estou gravando o grub na MBR do primeiro HD:

setup (hd0)

Terminando, você pode sair o prompt do grub usando o "quit" e reiniciar o micro. Este é um exemplo de operação que é mais simples no grub. No lilo, era necessário montar a partição e abrir um chroot para conseguir regravar o gerenciador :).

Mais um problema comum acontece quando você precisa configurar o grub numa máquina com vários HDs. Nestes casos, além de verificar como o grub detectou cada um, você precisa se preocupar em gravar o grub no MBR do HD correto.

O problema é muito simples. Quando você possui mais de um HD na máquina, você configura uma ordem de boot no Setup do micro. O HD que estiver em primeiro na ordem de boot do setup, será usado para inicializar a máquina e, consequentemente será reconhecido pelo grub como "(hd0)".

Se você instalar o Kurumin no segundo HD, e o grub for instalado na MBR do segundo HD, o kurumin não vai inicializar depois de instalado, pois o BIOS do micro continuará lendo o MBR do primeiro HD.

A solução no caso é bem simples. Mesmo que você instale o Kurumin, ou qualquer outra distribuição no segundo HD, tome sempre o cuidado de gravar o grub no MBR do primeiro HD. Se você está instalando o Ubuntu (por exemplo), na partição /dev/hdb1 (a primeira partição do segundo HD) o "root", ou seja, o dispositivo aonde o sistema está sendo instalado será "(hd1,0)", mas na hora de gravar o grub, você indicaria o "(hd0)", que é o primeiro HD.

Ao fazer isso manualmente pelo prompt do grub, você usaria os comandos:

# grub
root (hd1,0)
setup (hd0)
quit

Note que isto é necessário apenas ao regravar o grub manualmente, ou ao instalar outras distribuições. No caso do Kurumin, o instalador se antecipa ao problema, perguntando se você deseja gravar o grub no MBR do primeiro HD:

Outra pegadinha é que quando você tem uma instalação do Windows no segundo HD (hd1,0 no grub), como em situações onde você compra outro HD para instalar Linux e instala o HD com o Windows como secundário, é necessário adicionar duas linhas na seção do grub referente ao Windows. Elas fazem com que a posição lógica dos dois HD seja trocada, fazendo com que o Windows pense que está inicializando a partir do primeiro. Sem isso, você tem um erro de "partição inválida" durante o boot e o Windows não é carregado

Ao adicionar as duas linhas, a seção referente ao Windows ficaria:

title Windows
root (hd1,0)
makeactive
chainloader +1
map (hd1) (hd0)
map (hd0) (hd1)



sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Virtualizando o antigão Windows 3.11

Você é daquele tipo de pessoa saudosita, que sente falta do barulhinho do ICQ, do tempo em que o Windows era algo inocente e relativamente funcionava? Bem, talvez você nem sabia o que era um computador naquela época, por isso não conheceu os primórdios da era digital, do tempo em que colocar serial em um software era apenas uma mera formalidade. Aqui no Brasil, a maioria do pessoal que iniciou seus contatos imediatos com o mundo da janelinha, em meados do início da década de 90, começou com a famosa versão 3 do Windows.
O Windows 3.0 foi o primeiro sucesso amplo da Microsoft e foi lançado em 22 de Maio de 1990. Ao contrário das versões anteriores, ele era um Windows completamente novo. Tecnicamente hoje, esta versão é considerada o primeiro sistema gráfico da empresa. Era um sistema gráfico de 16 bits, mas ainda precisava ativar primeiro o MS-DOS para ativar o Windows. Substituiu o MS-DOS Executive pelo Gerenciador de Programas e o Gerenciador de Arquivos que simplificavam as aplicações e tornava o sistema mais prático. Melhorou bastante a interface, o gerenciamento de memória e o sistema multitarefa e incluiu o suporte às fontes True Type. Conseguiu ultrapassar o limite de 1 MB do MS-DOS e permitiu a utilização máxima de 16 MB de aplicações. Naquela época era o único possível de compatibilizar todos os programas das versões anteriores. Utilizava o CPU Intel 80286 e Intel 80386.

Neste tutorial, vamos criar uma máquina virtual e instalar o primitivo DOS e o Windows 3.11 for Workgroups, a versão mais utilizada naquela época. Existem algumas imagens prontas na internet para se rodar no vmware, mas a maioria que eu testei não funcionou direito. Além do desafio de instalar o sistema, nada melhor do que usar software livre, portanto, Virtual Box neles!
Você vai precisar:

Instalador do Virtual Box (Virtualizador livre para Windows e Linux)

Imagem de instalação do DOS 5.5

Imagem de instalação do Windows 3.11

Baixe a versão do Virtual Box correspondente ao seu sistema operacional e instale-o. Depois, baixe as imagens do DOS e do Windows e descompacte as em uma pasta.

> Criando a máquina virtual:

Abra o Virtual Box e clique em Novo, para criarmos a nossa máquina virtual. Mande avançar e em Nome da MV e Tipo de Sistema, preencha o nome com Windows 3.11 e no tipo de sistema, escolha a opção Windows 3.1
Na opção Memória, a quantidade recomendada pelo Virtual Box é de 32mb, mas se preferir, aumente para 64mb, para um melhor desempenho da máquina.
Em Disco Rígido Virtual, vamos criar um novo disco escolhendo a opção Novo. Avance na tela de boas vindas do utilitário de criação e na tela Tipo de Imagem de Disco Virtual, escolha a opção Imagem de Tamanho Fixo e mande avançar. Em Localização do Disco Virtual e Tamanho, mantenha o nome e a localização do arquivo de imagens e diminua o tamanho da imagem para 100,00 MB. Como a imagem de instalação do Windows é extremamente pequena, não é preciso mais do que 100mb para alocá-la. Mande avançar e depois finalizar e o assitente criará o seu HD virtual.
Voltando a opção Disco Rígido Virtual, agora já com Disco Rígido de Boot definido, mande avançar e depois finalizar, para concluir a criação da máquina virtual.

> Inicializando a máquina:

De volta a tela inicial do Virtual Box, é hora de iniciar nossa máquina virtual, mas antes, vamos definir o dispositivo de boot para iniciar a instalação do DOS.
Na aba detalhes, onde os componentes da máquina virtual estão listados, clique em Disquete e depois na opção Montar Drive de Disquete. Selecione a opção Arquivo de Imagem e clique na pastinha à direita para abrir a janela Gerenciador de Discos Virtuais.
Clique em Acrescentar e depois indique o arquivo disk1.img que estava dentro do pacote de instalação do DOS que você baixou e descompactou e clique em Selecionar e depois dê OK.
Agora que já definimos um boot para a máquina, é hora de ligá-la, clicando no ícone Iniciar.

> Instalando o DOS:

Dica: Use a tecla de hospedeiro (Ctrl direito) para alternar entre a máquina virtual e o seu sistema padrão durante o uso.
Logo que a máquina foi iniciada, você cairá na famosa telinha azul de setup da Microsoft, clique com o mouse no centro da tela para que o sistema fique em primeiro plano. O Virtual Box dará a informação sobre a tecla de hospedeiro, que deve ser pressionada para que você possa alternar entre a máquina virtual e o sistema principal, normalmente a tecla Control do lado direito do teclado. Selecione Não Mostar esta Mensagem Novamente e depois clique em Capturar.
Pressione enter para avançar a instalação. Na tela seguinte, mova o cursor com as teclas direcionais e use enter para entrar nos submenus. Selecione Country e Keyboard como Brazil e a opção Install To deve apresentar a opção Hard Disk.
Volte em The settings are correct e dê enter para avançar. Na tela seguinte as opções devem estar definidas como Install to: C:\DOS e Run Shell on startup: NO. Volte em listed options are correct e dê enter para avançar. Na tela seguinte escolha a opção Alocate all free hard disk space for MS-DOS e pressione enter.
O setup rapidamente irá alocar e formatar a partição e iniciará a instalação do DOS. Logo aparecerá a mensagem Insert the dsk labeled MS-DOS 5.0 Disk 2. Hora de trocar de disco! Clique com o botão direito no icone em formato de disquete que fica na barra inferior direita do Virtual Box e selecione Imagem de Disquete.
Clique em acrescentar e indique o arquivo disk2.img e mande selecionar. Clique no centro da tela para retornar a máquina virtual e dê enter para continuar. O instalador irá requisitar o disk 3, então basta repetir o mesmo procedimento acima, indicando o arquivo disk3.img ao instalador, através da troca de imagens no ícone do drive de disquete.
Ao término da instalação a mensagem Setup is now complete será exibida. Pressione enter para concluir a instalação. A tela ficará toda preta, então feche a janela da máquina virtual. Selecione a opção Desligar a máquina e dê OK.

> Instalando o suporte ao mouse e ao drive de CD:

Com a máquina desligada e já com o DOS instalado, é hora de modificar o dispositivo de boot para que a máquina inicie através do HD virtual. Volte a janela principal do Virtual Box, clique com o botão direito sobre a máquina desligada e escolha configurações.
No item Geral, na aba Avançado, na opção Ordem de Boot, selecione Disco Rígido e mova-o com as setas ao lado para cima, de modo que ele fique em primeiro lugar na ordem de boot. Dê OK e voltando a tela principal, inicie novamente a máquina virtual.
Se tudo estiver correto, você cairá no famoso prompt de comando C:\>
Para que a instalação do Windows possa ser feita, devemos instalar o suporte ao mouse e ao drive de cd no DOS.
No prompt do DOS, digite o comando md cdrom para criar uma pasta chamada cdrom na raiz do C.
Agora, carregue outra imagem no disquete virtual, clique com o dieito no icone do disquete, imagem de disquete > Acrescentar > e indique um arquivo chamado cdm.img, que está dentro da pasta Drivers, que estava junto com as imagens do DOS que você baixou. Clique em Selecionar e volte para o prompt.
Com a imagem cdm.img carregada no drive de disquete, é hora de acessá-la.
No prompt de comando C:\>, digite a: para entrar na unidade A.
Estando em A:\> copie os arquivos para C com o comando copy *.* c:\
Ainda em A, entre na pasta cdrom existente em A com o comando cd cdrom e copie os arquivos para a pasta cdrom que você criou em C, com o comando copy *.* c:\cdrom
Volte a raiz de A com o comando cd \ e entre na pasta chamada DOS, com o comando cd dos
Estando dentro da pasta DOS em A, copie todo o conteúdo para a pasta DOS existente em C, com o comando copy *.* c:\dos
Pronto! Agora reinicie a máquina virtual para que o suporte ao mouse e ao drive de cd sejam ativados.

> Instalando o WIndows 3.11

Após reiniciar a máquina, agora já com suporte ao drive D, vamos carregar a imagem de instalação do Windows. Clique com o botão direito no icone do CD no canto inferior direito do Virtual Box e escolha Imagem de CD/DVD-ROM. Clique em Acrescentar e localize o arquivo Windows 3.11.iso que está dentro do pacote de instalação do Windows 3.11 que você baixou e descompactou e depois clique em Selecionar.
Depois de carregada a imagem do cdrom, volte ao prompt de comando C:\> e entre na unidade D com o comando d:
Estando dentro da unidade D, entre no setup de instalação do Windows 3.11 com o comando setup
A famosa tela azul aparecerá novamente, pressione enter para iniciar a instalação. Pressione enter novamente para escolher a opção de Configuração Expressa (Express Setup). Em seguida, o sistema formatará a partição e copiará os arquivos necessários, iniciando a instalação através do sistema gráfico, onde já é possível o uso do mouse.
Digite o seu nome no campo Your Full Name e pode deixar o resto em branco. Clique em continue e confirme as informações escolhendo continue novamente.
O windows iniciará a instalação dos componentes, copiando os arquivos da imagem do cd para o hd virtual.
Na opção de instalação de impressoras (Printer Installation), selecione a opção No Printer Attached e clique me Install
Na opção de configuração da rede (Network Setup), clique em continue
Na opção Set UP Applications, certifique-se que a opção MS-DOS Editor está selecionada e clique em OK
Caimos no tutorial de uso do Windows, basta escolher a opção Skip Tutorial para continuar. Se você tem paciência de sobra, se divirta com as lições de como usar o mouse clicando em Run Tutorial.
Terminada a instalação, é hora de retornar ao MS-DOS (Return to MS-DOS)
Estamos de volta ao prompt de comando com o Windows já instalado C:\WINDOWS>, agora é só digitar o comando win para iniciar o Windows!
Pronto! Agora você tem o Windows 3.11 virtualizado em seu computador.
Toda vez que você iniciar sua máquina virtual, você cairá no prompt de comando do C:\>. Para iniciar o Windows, entre na pasta do Windows com o comando cd windows e depois dê o comando de incialização win, pois este Windows é do tempo em que o sistema operacional era o DOS, o Windows era meramente um aplicativo que precisava ser inicializado como qualquer outro.

> Inicializando o Windows automaticamente

Para que o Windows seja carregado automaticamente quando a máquina virtual for inicializada, precisamos adicionar uma linha de inicialização no arquivo autoexec.bat no DOS.

Estando no prompt de comando C:\>, digite edit autoexec.bat
Você cairá no famoso e antigo MS-EDITOR, vá com as teclas de direção até o final do arquivo e adicione a seguinte linha C:\WINDOWS\win depois dê um Alt+F para ir ao menu File e escolha a opção Save. Depois Alt+F novamente e Exit.
Agora é só reinicializar a sua máquina virtual e o Windows sempre será carregado automaticamente sem precisarmos dar nenhum comando no DOS.

> Instalando a rede

Quem quiser se aventurar em fazer a rede desse dinossauro funcionar, os drivers para o protocolo TCP/IP e para o adaptador de rede genérico estão juntos no pacote de instalação do Windows 3.11 Boa sorte!

Que tal este tutorial? Extremamente rápido, fácil e útil, não?

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

APTonCD no Ubuntu

Este software resolve o problema de todos aqueles que estão fartos de em cada instalação do Ubuntu, ter de sacar de novo todos os programas e updates que têm no computador. Tal como o nome indica, o APTonCD tem a capacidade de colocar os pacotes .deb que temos instalados no PC para dentro de um CD, para podermos usar esse mesmo CD como repositório no Ubuntu.


Para instalar o APTonCD, basta digitar na consola:

sudo apt-get install aptoncd


Ou então, ir até ao gestor de pacotes Synaptic e instalar o pacote “aptoncd”.

A interface é muito simples e intuitiva, basta carregar no botão “Criar APTonCD” para ele encontrar de imediato os pacotes .deb do nosso Ubuntu.














Nas opções, permite não só adicionar pacotes extra à lista, mas também resolver as dependências de pacotes, para que fique tudo a funcionar na perfeição.












Após termos seleccionado todos os pacotes que desejamos, basta carregar no OK para que seja criado o ficheiro .iso que mais tarde iremos “queimar” no CD.

Depois de gravarmos o CD, basta inseri-lo na drive, abrir o Synaptic, ir até ao Configurações > Repositórios, e na janela que foi aberta, ir até ao separador que diz “Aplicações de Terceiros”. Agora só temos de carregar no botão “Adicionar CD-ROM” para que o nosso CD passe a fazer parte da lista de repositórios.